O líder de um partido na Câmara dos Deputados protocolou um pedido de urgência para a análise de um projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Caso aprovada, a proposta poderá ser votada diretamente no Plenário, sem passar pelas comissões. O requerimento já conta com mais de 260 assinaturas, número suficiente para atender ao regimento da Casa. No entanto, a pauta ainda depende de definição em reunião entre líderes partidários e o presidente da Câmara.
Durante debates no Plenário, parlamentares se posicionaram contra a anistia, argumentando que ela incentivaria novos crimes e representaria uma ameaça ao Estado Democrático de Direito. Alguns afirmaram que a população espera prioridades diferentes, como isenção de Imposto de Renda para baixa renda, em vez do perdão aos responsáveis pelos ataques às instituições. Outros criticaram a proposta, classificando-a como uma tentativa de reacender conflitos políticos.
O tema também gerou acusações de pressão do Executivo e do STF sobre deputados para retirar assinaturas do pedido de urgência. Defensores do projeto argumentam que impedir a discussão seria antidemocrático, enquanto opositores veem a iniciativa como um risco à estabilidade institucional. O impasse reflete a polarização em torno do assunto e a dificuldade de conciliar diferentes visões sobre justiça e democracia.