O PL protocolou um requerimento de urgência para acelerar a votação do projeto de lei que trata da anistia aos presos dos eventos de 8 de janeiro na Câmara dos Deputados. A proposta, que conta com 262 assinaturas válidas após a rejeição de duas, precisa de maioria simples para ser levada ao plenário. A oposição, que considera a anistia uma pauta prioritária, já mobilizou manifestações em apoio à causa, reunindo milhares de pessoas no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O projeto enfrenta resistências desde o ano passado, quando sua tramitação foi desacelerada pela criação de uma comissão especial. Agora, a estratégia de votação por urgência esbarra na postura do atual presidente da Câmara, que se opõe a requerimentos acelerados para valorizar o trabalho das comissões. Apesar disso, o PL conseguiu apoio suficiente após ameaçar obstruir as votações, mas recuou após críticas de parlamentares do Centrão.
O texto do projeto, que pode beneficiar investigados por eventos correlatos ao 8 de janeiro, inclui brechas que levantaram preocupações em partidos como o PT. Enquanto alguns defendem abertamente a anistia, outros buscam diálogo com o STF e o governo federal para evitar conflitos institucionais. A ministra das Relações Institucionais demonstrou cautela, destacando que a aprovação da urgência não garante a votação do projeto. A discussão segue em aberto, com divergências sobre o alcance e os impactos da proposta.