O líder do PL na Câmara dos Deputados conseguiu as assinaturas necessárias para pedir urgência na tramitação de um projeto que prevê anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. Se aprovado, o texto pode ir direto ao plenário, sem passar pelas comissões. Apesar do apoio de parte da oposição e até de deputados da base governista, a ministra Gleisi Hoffmann afirmou que o presidente da Câmara, Hugo Motta, garantiu que o projeto não será pautado, evitando uma crise institucional.
O projeto, que busca anistiar participantes de manifestações desde outubro de 2022, tem dividido opiniões. Enquanto alguns defendem a medida como forma de pacificação, outros alertam para os riscos de beneficiar acusados de atos violentos. Apesar de ter superado o número mínimo de assinaturas, a aprovação ainda depende de negociações, e Motta tem buscado um equilíbrio entre os Poderes para evitar conflitos.
A situação gerou desconforto no Planalto, especialmente com a adesão de partidos aliados ao requerimento de urgência. O PL ameaça obstruir votações de interesse do governo caso o projeto não seja pautado após a Páscoa. Enquanto isso, o presidente da Câmara tenta mediar um acordo, conversando com líderes de diferentes setores, incluindo o Judiciário, para encontrar uma solução que não agrave as tensões políticas.