O governo federal projetou que o salário mínimo será reajustado para R$ 1.630 em 2026, com um aumento de R$ 112 (7,4%) em relação ao valor atual de R$ 1.518. A estimativa está incluída no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviado ao Congresso Nacional, que define as prioridades orçamentárias do ano. O valor final, no entanto, só será confirmado em dezembro, após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de novembro, que compõe o cálculo do reajuste junto com o crescimento do PIB dos anos anteriores.
O reajuste segue a regra constitucional que vincula o mínimo à inflação medida pelo INPC e ao crescimento real da economia, limitado a 2,5% acima da inflação. Essa limitação foi estabelecida pelo novo arcabouço fiscal para conter gastos públicos. O salário mínimo é referência para quase 60 milhões de brasileiros, incluindo trabalhadores formais, aposentados e beneficiários de programas sociais como o BPC, o que amplia o impacto econômico de qualquer ajuste.
Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera um custo adicional de aproximadamente R$ 400 milhões para o governo, devido aos benefícios atrelados a esse valor. Com o reajuste projetado para 2026, as despesas obrigatórias poderão crescer em torno de R$ 44,8 bilhões. A medida reflete o equilíbrio entre garantir a proteção social e manter a sustentabilidade fiscal, tema central no debate orçamentário.