Há onze anos, os países signatários do Tratado de Ottawa, que proíbe o uso, produção, estocagem e transferência de minas terrestres, estabeleceram 2025 como prazo final para cumprir suas obrigações. O acordo, assinado em 1997, já havia alcançado avanços significativos: o número anual de vítimas desses dispositivos caiu de 25 mil para 3,3 mil em 2013, e milhões de minas foram destruídas. Até o ano passado, 164 nações haviam se comprometido com o tratado, demonstrando um esforço global para erradicar essa ameaça.
No entanto, recentes desenvolvimentos, como ações militares em certas regiões e conflitos internos em outros países, colocam em risco o progresso alcançado. Essas situações não apenas desafiam a implementação do tratado, mas também ameaçam reverter os ganhos humanitários obtidos nas últimas décadas. A comunidade internacional enfrenta agora o desafio de manter o compromisso coletivo, mesmo em meio a tensões geopolíticas.
O cenário atual exige uma resposta coordenada para garantir que o prazo de 2025 não seja ignorado. Embora o tratado tenha reduzido drasticamente o impacto das minas terrestres, a continuidade de seu sucesso depende da cooperação global e do respeito às normas estabelecidas. Sem um esforço renovado, os avanços conquistados podem ser perdidos, colocando vidas em perigo novamente.