O programa Crédito do Trabalhador, lançado em 21 de março, atingiu R$ 8 bilhões em empréstimos concedidos no primeiro mês de operação, conforme anunciado pelo secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda. Destinado a trabalhadores com carteira assinada, o programa oferece taxas de juros cerca de metade da média do mercado para empréstimos sem garantia. O governo destacou a competição entre instituições financeiras dentro do aplicativo oficial, classificando a iniciativa como o maior marketplace de crédito para pessoa física do mundo.
A partir de sexta-feira (25.abr), as instituições financeiras poderão oferecer os financiamentos em suas próprias plataformas, o que, segundo o ministro da Fazenda, deve melhorar a qualidade do programa. Até então, as operações estavam restritas ao aplicativo do governo. A expectativa é que a entrada de mais bancos no sistema aumente a competitividade e pressione por reduções nas taxas de juros, que atualmente variam entre 2,8% e 5,97% ao mês, acima da média do crédito consignado tradicional.
Embora o programa tenha sido elogiado por sua escala e inovação, usuários e simulações apontam que as taxas praticadas ainda são mais altas que as do mercado. Dados do Banco Central mostram que a média do crédito consignado ficou em 2,91% ao mês em fevereiro, abaixo dos valores oferecidos pelo Crédito do Trabalhador. O governo argumenta que a adesão de mais bancos ao sistema tende a equilibrar os juros, mas reconhece que a redução pode não ser imediata ou significativa.