Um grupo de professores da Universidade de Harvard entrou com uma ação judicial para impedir a revisão de aproximadamente US$ 9 bilhões em contratos e bolsas federais concedidos à instituição. A medida foi tomada após o governo anterior ameaçar cortar financiamentos a universidades de elite, citando preocupações com protestos pró-palestinos no campus e políticas relacionadas a diversidade e inclusão. Os docentes alegam que a revisão representa uma violação à liberdade acadêmica e de expressão, garantidas pela Primeira Emenda da Constituição dos EUA.
As agências federais haviam exigido que Harvard atendesse a diversas condições para manter os recursos, como a eliminação de programas de diversidade e a proibição de máscaras em protestos. Além disso, a universidade foi pressionada a revisar departamentos acusados de tolerar assédio antissemita e a responsabilizar alunos por políticas públicas. Os professores argumentam que essas demandas são uma tentativa de impor visões políticas e restringir discursos críticos no ambiente universitário.
A ação judicial destaca que o governo não seguiu os procedimentos legais necessários para justificar o corte de financiamento, conforme a Lei dos Direitos Civis de 1964. Andrew Crespo, conselheiro geral da associação de professores envolvida no caso, afirmou que a Primeira Emenda protege as instituições de educação contra a supressão de opiniões por parte do poder público. A universidade e o Departamento de Justiça não comentaram o caso.