Bryant Lin, professor de medicina na Universidade Stanford, enfrentou um choque ao ser diagnosticado com câncer de pulmão metastático em 2024. A doença, que se espalhou por seu cérebro, ossos, fígado e gânglios linfáticos, o levou a refletir sobre como transformar a experiência em algo positivo. Em vez de se isolar, Lin criou um curso para compartilhar sua jornada como paciente, abordando não apenas os aspectos médicos, mas também as emoções e a humanidade por trás do tratamento. O curso, inicialmente voltado para estudantes de medicina, atraiu um público diversificado e lotou as salas da universidade.
Text: Lin, que também é pesquisador e já estudou a incidência de câncer de pulmão em não-fumantes, viu sua própria condição como uma ironia da vida. Apesar do prognóstico desafiador, ele focou em celebrar a vida e fortalecer conexões humanas, inclusive por meio de música e histórias pessoais. Suas aulas incluíram convidados como sua esposa, especialistas médicos e pacientes, criando um espaço para diálogos sobre espiritualidade, saúde mental e cuidados paliativos. Para Lin, a medicina vai além da ciência — é sobre empatia e compreensão.
Text: Embora os tratamentos tenham reduzido temporariamente seus tumores cerebrais, Lin sabe que o câncer ainda está presente. Apesar disso, ele mantém uma postura otimista, esperando viver o suficiente para ver seus filhos crescerem. Sua história ressalta a importância de valorizar cada momento e de colocar o paciente no centro da prática médica. Como ele mesmo diz, “a humanidade está no coração da medicina” — uma lição que deixará um legado duradouro, independentemente do que o futuro reserve.