Durante participação no programa Roda Viva, um pesquisador destacou que a indústria de alimentos ultraprocessados utiliza estratégias semelhantes às do tabaco, incluindo o uso de substâncias que causam dependência, campanhas de desinformação e esforços para influenciar políticas públicas. Ele alertou que esses produtos, assim como o cigarro, têm impactos negativos em múltiplos sistemas do corpo humano e são produzidos por grandes corporações com forte investimento em marketing e lobbying.
O especialista ressaltou que muitas empresas de tabaco migraram para o setor alimentício, levando consigo tecnologias para criar produtos altamente atraentes, como aromas artificiais que simulam ingredientes naturais. Essas práticas, segundo ele, visam aumentar o consumo, muitas vezes às custas da saúde pública. A comparação com a indústria do tabaco foi enfatizada como forma de ilustrar a necessidade de ações regulatórias mais duras.
Por fim, o pesquisador defendeu que políticas públicas tratem os ultraprocessados com a mesma seriedade aplicada ao combate ao tabagismo. Ele sugeriu medidas como regulamentações mais rígidas e campanhas de conscientização sobre os riscos desses alimentos. A proposta busca reduzir os danos à saúde causados por produtos que, embora convenientes, podem ter efeitos tão prejudiciais quanto o cigarro.