Com a morte do papa Francisco, a Igreja Católica inicia o processo de eleição de seu sucessor, seguindo o método do conclave, que remonta ao século 13. O termo “conclave” vem do latim e refere-se ao isolamento dos cardeais, que ficam trancados sem contato externo até que um novo pontífice seja escolhido. Historicamente, algumas eleições foram marcadas por longas disputas, como a de Gregório X, que durou quase três anos e levou à formalização do conclave em 1274. Nos tempos modernos, porém, o processo tem sido mais ágil, como em 2013, quando Francisco foi eleito em apenas dois dias.
Atualmente, 135 cardeais com menos de 80 anos estão aptos a votar, incluindo sete brasileiros. As votações ocorrem na Capela Sistina, com até quatro rodadas diárias. Se após três dias não houver consenso, há uma pausa para orações. Caso o impasse persista, após 34 votações, os dois cardeais mais votados disputam um segundo turno, exigindo-se dois terços dos votos para a eleição. O eleito deve aceitar o cargo, escolher um nome papal e vestir as vestes pontifícias antes de ser anunciado ao público.
O anúncio do novo papa é feito tradicionalmente na sacada da Basílica de São Pedro, com a frase “Habemus Papam”. Enquanto isso, a Igreja segue os ritos fúnebres e preparativos para o conclave, mantendo uma tradição que combina espiritualidade e rigor processual. O processo, marcado por séculos de história, reflete a busca por unidade e liderança em um momento de transição para a comunidade católica mundial.