A sucessão do papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, está em andamento, com cardeais de todo o mundo se reunindo em Roma para o conclave marcado para maio. Apenas os cardeais com menos de 80 anos — cerca de 135 — participarão da eleição, que ocorrerá em total sigilo na Capela Sistina. Enquanto não há um favorito claro, observadores buscam pistas em sermões e discursos durante eventos como o funeral oficial, onde a fala do cardeal Giovanni Battista Re pode influenciar as discussões sobre o futuro da Igreja.
Durante o período pré-conclave, os cardeais se reunirão em Congregações Gerais para debater o rumo da instituição, assim como ocorreu em 2013, quando o então cardeal Bergoglio criticou a postura da Igreja antes de ser eleito. Desta vez, palavras-chave como “abertura” e “reforma” podem indicar tendências entre os eleitores. Missas celebradas por cardeais em Roma também podem revelar indícios sobre seus pensamentos, embora o silêncio midiático seja esperado.
O funeral do papa, no próximo sábado (26), será um momento-chave para analisar possíveis candidatos, assim como ocorreu em 2005, quando o cardeal Ratzinger discursou no funeral de João Paulo II e depois foi eleito. Apesar das especulações, a escolha final permanece imprevisível, reforçando o ditado de que “quem entra no conclave como papa sai como cardeal”. O processo deve se estender até que um nome surja com o consenso necessário para liderar a Igreja Católica.