A sucessão do papa Francisco, que faleceu aos 88 anos, está em andamento, com cardeais de todo o mundo se reunindo em Roma para o conclave marcado para maio. Apenas os cardeais com menos de 80 anos — cerca de 135 — participarão da votação, que ocorrerá em total sigilo na Capela Sistina. Enquanto não há um favorito claro, observadores buscam pistas em sermões e discursos durante as celebrações fúnebres, que podem revelar as prioridades dos eleitores para o próximo pontífice.
O funeral oficial, no próximo sábado (26), será um momento-chave para analisar possíveis candidatos, especialmente pelo sermão do cardeal Giovanni Battista Re, que, apesar de não votar, pode influenciar a direção do debate. Além disso, missas celebradas por cardeais em igrejas romanas e suas homilias podem oferecer indícios sobre suas visões para a Igreja, como ênfase em “abertura” ou “teologia sólida”.
Nas Congregações Gerais, reuniões pré-conclave, os cardeais discutirão o futuro da instituição, assim como ocorreu em 2013, quando o então cardeal Bergoglio criticou a autorreferencialidade da Igreja antes de ser eleito. O processo, no entanto, permanece imprevisível, com o isolamento total dos eleitores durante o conclave, onde a decisão final será tomada longe de influências externas.