O processo de cassação do mandato de um deputado federal ganhou ritmo acelerado na Câmara, impulsionado por fatores políticos e regimentais. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) rejeitou o recurso do parlamentar em uma sessão que durou mais de sete horas, enquanto o plenário aguardava a conclusão da análise para iniciar a votação de projetos. Aliados do deputado avaliam que a cassação recente de outro congressista, decidida pela Mesa Diretora sem votação, eliminou um possível obstáculo para a votação do caso em questão.
O deputado afirmou não ceder a pressões para preservar seu mandato, classificando a punição como desproporcional e potencial retaliação por sua atuação contra mecanismos orçamentários controversos. Enquanto isso, a oposição buscava encerrar a análise do caso para liberar a pauta da CCJ, que inclui a votação de um recurso relacionado a outro processo judicial envolvendo um parlamentar. O período de 60 dias para a defesa foi acordado após uma greve de fome, mas o cenário político sugere desafios significativos para reverter a cassação.
O caso reflete tensões mais amplas no Congresso, onde decisões regimentais e estratégias políticas influenciam o andamento de processos disciplinares. A Mesa Diretora nega qualquer perseguição, enquanto o deputado acusa o ambiente de ser usado para fins políticos. O desfecho do processo, que deve ser votado no plenário nos próximos meses, pode ter repercussões significativas para o equilíbrio de forças na Câmara.