Um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que o desgaste excessivo das lonas de freio traseiras, principalmente no lado esquerdo, pode ter contribuído para o acidente envolvendo um ônibus que transportava estudantes e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). O veículo tombou em Imigrante (RS) no início de abril, resultando em sete mortes e mais de 20 feridos. Segundo o delegado responsável, a mola que deveria afastar a lona do freio do tambor estava solta, causando atrito constante e desgaste acelerado, o que caracteriza uma falha de manutenção.
A perícia também verificou que, embora os cintos de segurança estivessem presentes no ônibus, eles estavam trancados sob os bancos, impossibilitando seu uso. Além disso, os investigadores aguardam análises complementares, como a do tacógrafo, para avaliar se houve falha humana, incluindo o possível uso inadequado do freio motor pelo condutor. O inquérito policial continua em andamento para apurar todas as circunstâncias do acidente.
O ônibus seguia para uma visita técnica quando saiu da pista e caiu por uma ribanceira de 52 metros, capotando várias vezes. Entre as vítimas, seis eram mulheres e um homem. Duas estudantes permanecem hospitalizadas, e as aulas do curso de Paisagismo da UFSM seguem suspensas. O IGP destacou que não foram encontradas outras irregularidades mecânicas no veículo, reforçando que a falha nos freios foi o principal fator identificado até o momento.