O Minha Casa, Minha Vida, principal programa habitacional do Brasil, foi oficialmente ampliado para incluir a classe média. Uma portaria publicada pelo Ministério das Cidades estendeu o benefício a famílias com renda de até R$ 12 mil mensais, permitindo que bancos ofereçam financiamentos sob as novas regras a partir desta sexta-feira (25). A Faixa 4, voltada para a classe média, terá juros de 10,5% ao ano, prazo de até 420 parcelas e limite de financiamento de R$ 500 mil para imóveis novos e usados.
As faixas de renda do programa foram reajustadas: a Faixa 1 (até R$ 2.850/mês) mantém subsídios de até 95%; a Faixa 2 (R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil/mês) oferece até R$ 55 mil em subsídios; e a Faixa 3 (R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil/mês) tem condições facilitadas, porém sem subsídios. Para áreas rurais, os limites anuais foram elevados, chegando a R$ 150 mil na Faixa 4. A expectativa é que a mudança beneficie 120 mil famílias apenas em 2024.
A medida foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, já que o programa utiliza recursos do fundo. O governo federal planeja financiar 3 milhões de unidades habitacionais até 2026, somando todas as faixas do Minha Casa, Minha Vida. A ampliação busca impulsionar o mercado imobiliário e aumentar o acesso à moradia para diferentes perfis de renda.