A advogada que se tornou a principal denunciante em um dos maiores casos de exploração sexual envolvendo um bilionário faleceu na quinta-feira (24), aos 41 anos. De acordo com sua família, a morte foi por suicídio. Ela vivia na Austrália e seus relatos foram fundamentais para investigações que levaram à prisão do envolvido e à condenação de uma cúmplice. Sua história também impactou membros da realeza britânica, que se afastaram de funções públicas após o escândalo.
A vítima foi uma das primeiras a relatar publicamente os abusos sofridos na década de 2000, quando ainda era adolescente. Seus depoimentos ajudaram a revelar uma rede de exploração que afetou centenas de menores. Em comunicado, a família destacou sua luta incansável contra o tráfico sexual, mas afirmou que “o peso do abuso se tornou insuportável”. O caso ganhou repercussão global e expôs falhas no sistema jurídico que permitiram acordos controversos.
O bilionário envolvido foi preso em 2019, mas morreu na cadeia antes do julgamento, em circunstâncias ainda questionadas. Anos depois, a vítima chegou a um acordo extrajudicial com um dos acusados, encerrando o processo na Justiça. O caso continua a gerar debates sobre justiça, impunidade e o tratamento de sobreviventes de abuso sexual.