A advogada que se tornou a principal denunciante em um dos casos mais notórios de exploração sexual nas últimas décadas faleceu na quinta-feira (24), segundo comunicado divulgado pela família. Ela vivia na Austrália e tinha 41 anos. A família afirmou que a morte foi por suicídio, citando o peso insuportável dos traumas sofridos. Suas denúncias foram fundamentais para investigações que levaram à prisão de um bilionário envolvido em crimes sexuais e à condenação de uma cúmplice.
A vítima alegou ter sido explorada quando adolescente, incluindo em situações envolvendo figuras públicas. Seus relatos contribuíram para que o caso ganhasse repercussão global e pressionasse autoridades a agir. Em 2022, um acordo extrajudicial encerrou uma ação judicial movida por ela contra um membro da realeza britânica, que negou as acusações mas se afastou de funções públicas após o escândalo.
O caso em questão revelou uma rede de abuso que explorou centenas de menores nas décadas de 2000 e 2010. O bilionário acusado foi preso em 2019, mas morreu na prisão antes do julgamento, em circunstâncias ainda controversas. A vítima era considerada uma voz importante para outras sobreviventes, e sua morte reacendeu discussões sobre os desafios enfrentados por quem busca justiça em casos de violência sexual.