A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o registro definitivo da vacina contra a chikungunya, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica Valneva. O imunizante, autorizado para pessoas acima de 18 anos, demonstrou eficácia em 98,9% dos voluntários durante testes clínicos nos Estados Unidos, com anticorpos mantidos por pelo menos seis meses. Os resultados, publicados na revista The Lancet, reforçam a segurança e a eficácia da vacina, que já havia recebido aval das agências reguladoras dos EUA e da União Europeia.
Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença, marcando um avanço significativo no combate à chikungunya. O governo de São Paulo destacou que a aprovação pela Anvisa é um passo importante para a versão do Butantan, que está em análise e tem composição semelhante à vacina já aprovada. Além disso, o instituto trabalha em uma adaptação do imunizante para produção parcial no Brasil, visando sua incorporação no sistema público de saúde.
A chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e do Zika, e causa sintomas como febre alta, dores intensas nas articulações e, em alguns casos, complicações crônicas. A aprovação da vacina representa uma ferramenta crucial para reduzir o impacto da doença, que afeta milhares de pessoas anualmente no país.