Pela primeira vez em seu terceiro mandato, o presidente Lula não participará pessoalmente dos eventos do Dia do Trabalho organizados pelas centrais sindicais. Em vez disso, gravou um pronunciamento que será veiculado em rádio e televisão, registrado no Palácio da Alvorada sob a coordenação do ministro da Secom, Sidônio Palmeira. A decisão ocorre após o evento do ano passado, considerado um fracasso devido à baixa adesão de público, ter causado desgaste na relação com o ministro da Secretaria-Geral, Márcio Macêdo.
Neste ano, as centrais sindicais não realizarão um ato unificado. Enquanto Força Sindical, UGT, CTB, CSB e Nova Central organizam um evento na zona norte de São Paulo, a CUT participará apenas como convidada. Além disso, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC fará uma cerimônia em São Bernardo do Campo. Em Brasília, está prevista uma marcha na terça-feira, quando será entregue um documento com reivindicações trabalhistas, incluindo a redução da jornada de trabalho.
O governo será representado pelo ministro do Trabalho, Luiz Marinho, nos atos programados. Lula, por sua vez, se reunirá com os presidentes das centrais no Palácio do Planalto para discutir as pautas trabalhistas. A ausência do presidente nos eventos marca uma mudança em relação aos anos anteriores, quando ele compareceu pessoalmente aos atos em São Paulo.