Há quase seis meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não indicou os nomes para as duas vagas de ministro no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que permanecem abertas desde as aposentadorias das ministras Assusete Magalhães e Laurita Vaz, em 2023 e 2024, respectivamente. Uma das vagas será preenchida por um representante do Ministério Público, e a outra, por um juiz de Tribunal Regional Federal. Enquanto isso, desembargadores convocados atuam temporariamente no tribunal. O STJ já enviou as listas tríplices com os candidatos, mas a decisão presidencial tem sido adiada devido a uma análise detalhada dos históricos dos concorrentes.
O processo de seleção foi concluído apenas em outubro de 2023, após disputas internas no tribunal. Entre os candidatos estão magistrados como Carlos Pires Brandão e Daniele Maranhão, do TRF-1, e Marisa Santos, do TRF-3, além de membros do Ministério Público, como Sammy Barbosa, Marluce Caldas e Carlos Frederico Santos. A expectativa é que Lula defina os nomes até abril, mas os indicados ainda precisarão passar por sabatina no Senado antes da posse.
O ministro Herman Benjamin, presidente do STJ, destacou que o tribunal é o que mais recebe processos no mundo, um recorde que, segundo ele, reflete uma demanda incompatível com a capacidade humana e tecnológica da corte. A demora na escolha dos novos ministros tem chamado atenção, especialmente diante da necessidade de reforçar a estrutura do judiciário para lidar com o volume de trabalho.