Na manhã de quarta-feira (9), uma postagem nas redes sociais sugerindo ser um “ótimo momento para comprar” causou oscilações nos mercados. Horas depois, a mesma figura pública anunciou a suspensão por 90 dias de tarifas previamente impostas, levando a uma forte recuperação nos índices financeiros. O S&P 500 subiu 9,5%, recuperando parte significativa das perdas recentes, enquanto investidores que seguiram a dica inicial obtiveram ganhos expressivos.
A ambiguidade da mensagem, assinada com iniciais que também representam uma empresa ligada ao autor, levantou questionamentos sobre o momento da decisão e seus possíveis impactos. A empresa em questão, que registrou prejuízos no ano anterior, viu suas ações subirem 22,67%, aumentando em centenas de milhões o valor da participação acionária do seu principal acionista. Especialistas em ética governamental destacaram preocupações sobre a influência de declarações públicas nos mercados, embora tenham reconhecido a dificuldade de comprovar irregularidades.
O episódio também destacou o desempenho de outras empresas associadas a políticas recentes, como uma fabricante de veículos elétricos que acumulou ganhos bilionários em valor de mercado. Analistas apontam que a situação ilustra o poder de figuras públicas sobre os investimentos, mesmo sem evidências claras de uso de informações privilegiadas. A postura, no entanto, continua a gerar debates sobre os limites entre comunicação oficial e efeitos não intencionais nos mercados financeiros.