Na manhã de quarta-feira (9), uma postagem em rede social sugerindo ser um “ótimo momento para comprar” chamou a atenção do mercado. Horas depois, veio o anúncio de uma pausa de 90 dias em tarifas, o que impulsionou os índices acionários e recuperou parte significativa das perdas recentes. A sequência de eventos levantou questões sobre o momento da decisão e se a postagem inicial poderia ter antecipado informações privilegiadas.
Especialistas em ética governamental destacaram preocupações com a possível manipulação do mercado, já que a legislação impede o uso de informações não públicas para benefício próprio ou de terceiros. A ambiguidade da mensagem, assinada com as iniciais “DJT” — também símbolo de uma empresa ligada ao presidente —, levou a especulações sobre o foco da recomendação. Apesar disso, as ações da empresa em questão subiram mais de 22%, enquanto outras companhias citadas em contextos anteriores também tiveram ganhos expressivos.
O episódio reacendeu debates sobre a influência de figuras públicas nos mercados e os limites éticos envolvidos. Um porta-voz defendeu a postagem como parte do papel de tranquilizar investidores, mas analistas ponderam os riscos de mensagens ambíguas em um ambiente sensível a notícias. Enquanto isso, o mercado reagiu com otimismo, destacando o poder de certas declarações em meio a cenários econômicos voláteis.