Na manhã de quarta-feira (9), uma postagem em rede social sugerindo ser um “ótimo momento para comprar” agitou os mercados, coincidindo com uma posterior alta nas bolsas. Horas depois, o anúncio de uma suspensão de 90 dias em tarifas detalhadas anteriormente impulsionou os índices, recuperando parte significativa das perdas recentes. A sequência de eventos levantou questionamentos sobre o timing da postagem e sua relação com a decisão política, embora a Casa Branca tenha defendido a ação como parte das responsabilidades presidenciais de acalmar os mercados.
A ambiguidade da mensagem, assinada com as iniciais “DJT” — também símbolo de uma empresa ligada ao presidente — gerou especulações sobre se o conselho se referia ao mercado em geral ou a ações específicas. Apesar da falta de clareza, investidores reagiram, elevando em 22,67% as ações da empresa em questão, mesmo que seu desempenho financeiro recente não justificasse o movimento. Outras empresas citadas em contextos semelhantes também tiveram altas expressivas, somando bilhões em valorização.
Especialistas em ética governamental destacaram preocupações sobre o potencial de influência indevida nos mercados, lembrando que leis de valores mobiliários proíbem operações com informações privilegiadas. Embora postagens desse tipo possam ser investigadas em outras administrações, a repercussão prática tende a se limitar ao impacto imediato nos investidores e no debate público. O episódio ilustra a intersecção entre comunicação política e dinâmicas financeiras, sem conclusões definitivas sobre intenções ou irregularidades.