Nos primeiros 100 dias de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos manteve o tom provocador e populista que caracterizou sua campanha. Em um comício no Michigan, reiterou temas como imigração, economia e críticas ao Judiciário, enquanto era ovacionado por apoiadores. Apesar do discurso celebratório, sua aprovação é a mais baixa em oito décadas, com apenas 39% de apoio, segundo pesquisa da ABC News. A gestão econômica, marcada por tarifas comerciais e tensões com a China, e o estilo autoritário são os principais alvos de críticas.
O governo registrou um recorde de 142 decretos executivos, focados em redução do Estado, imigração e política externa. Medidas como a restrição a imigrantes transgêneros nas Forças Armadas enfrentam bloqueios judiciais. Na área internacional, destacou-se a escalada da guerra comercial com a China, com tarifas de até 145%. Já na imigração, o governo comemorou a queda nas travessias ilegais pela fronteira sul, embora deportações em massa e confrontos com o Judiciário gerem controvérsias.
Outras ações polêmicas incluem a criação de um departamento para cortar gastos públicos, cuja eficácia ainda é questionada, e o perdão a participantes do ataque ao Capitólio em 2021. O embate com instituições de ensino, como a Universidade de Harvard, também dividiu opiniões, com a maioria da população apoiando a universidade. Esses primeiros meses reforçam a retórica e os desafios que devem marcar os próximos anos da administração.