O presidente dos EUA declarou nesta terça-feira (22) que não pretende demitir o chefe do Federal Reserve, Jerome Powell, apesar das críticas recentes. Em tom conciliador, ele afirmou que gostaria de ver uma redução mais acelerada das taxas de juros, considerando o momento atual favorável para a medida. As declarações ocorreram após um dia de turbulência nos mercados financeiros, com os principais índices de Wall Street em queda devido às tensões entre o governo e o banco central.
O conflito aberto entre o Executivo e o Fed, que começou com duras críticas à política monetária e aos alertas sobre os riscos inflacionários das tarifas comerciais, gerou incerteza entre os investidores. Powell, nomeado originalmente pelo atual presidente e reconduzido ao cargo pelo democrata Joe Biden, permanecerá no cargo até 2026. O mercado reagiu negativamente às declarações iniciais, mas buscou recuperação após a sinalização de que não haveria mudança imediata na liderança do banco central.
Enquanto isso, o FMI revisou para baixo sua previsão de crescimento da economia americana em 2024, estimando agora uma expansão de 1,8%, contra 2,7% anteriormente. A discussão sobre os juros ganha relevância, já que cortes mais rápidos poderiam estimular o crédito, mas também elevariam o risco de pressão inflacionária, agravada pelas tarifas comerciais em vigor. O cenário mantém investidores e analistas atentos aos próximos movimentos do Fed e do governo.