O presidente do IBGE, Marcio Pochmann, afirmou durante audiência pública no Senado que o instituto não está em crise, mas vive um “momento democrático”. Sua declaração foi uma resposta a críticas feitas por funcionários em carta aberta divulgada em janeiro, que acusavam a gestão de posturas autoritárias e desrespeito ao corpo técnico. Pochmann destacou que as manifestações são legítimas em uma democracia e que o órgão está em avanço, sem impactos em suas pesquisas ou plano de trabalho.
A carta dos servidores também mencionou a demissão de dois diretores em janeiro, atribuída a discordâncias com a gestão atual. Um sindicato do IBGE no Rio divulgou documento em solidariedade aos ex-diretores, assinado por 134 funcionários, incluindo gerentes e ex-coordenadores. Pochmann, no entanto, minimizou o episódio, reforçando que a instituição segue operando normalmente.
Sobre a criação da fundação IBGE+, alvo de críticas por suposta falta de transparência, o presidente negou irregularidades. Ele explicou que a proposta surgiu em um congresso de servidores em 2023, como alternativa para ampliar o orçamento após cortes e aumento de custos. A fundação, suspensa pelo governo em janeiro, foi defendida por Pochmann como uma solução para captar recursos, embora funcionários a chamem de “IBGE paralelo”.