Daniel Noboa foi reeleito presidente do Equador com uma vantagem significativa sobre sua adversária, Luisa González, consolidando seu compromisso com políticas de linha-dura contra o narcotráfico. Com 56% dos votos válidos, Noboa, o mais jovem presidente da história do país, promete intensificar a guerra às máfias, medida que já incluiu estados de exceção e operações militares em prisões. Sua abordagem, comparada à de outros líderes regionais, tem sido marcada por discursos firmes e uma presença ativa nas redes sociais, onde busca equilibrar uma imagem austera com gestos de proximidade popular.
Apesar da popularidade, Noboa enfrenta críticas de organizações de direitos humanos por supostos abusos durante os estados de exceção e pela declaração de conflito armado interno. Seu governo também tensionou relações diplomáticas, como no caso da invasão à embaixada mexicana, e busca aproximação com figuras controversas na luta contra o crime. Economicamente, adota medidas neoliberais, embora se declare de centro-esquerda, e mantém uma imagem pessoal disciplinada, reforçada por sua rotina fitness e presença digital.
A campanha de Noboa foi marcada por estratégias de marketing inusitadas, como distribuir bonecos em tamanho real de si mesmo, e por polêmicas pessoais, incluindo acusações de violência de gênero. Sua vitória reflete o apoio de parte da direita e a expectativa de continuidade nas políticas de segurança, mesmo com desafios persistentes, como a alta taxa de homicídios. O Equador segue como um dos países mais violentos da região, e seu segundo mandato será decisivo para consolidar ou questionar suas promessas de mudança.