O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi sabatinado por deputados distritais nesta segunda-feira (7/4) sobre a possível aquisição do Banco Master por R$ 2 bilhões. A reunião, que durou quatro horas e foi realizada a portas fechadas, abordou questões como a origem dos recursos, os riscos financeiros para o DF e a motivação por trás da operação. O presidente garantiu que nenhum dinheiro público será usado, afirmando que a transação será financiada com recursos próprios do BRB, que registra lucros recordes.
Entre os principais pontos de preocupação dos parlamentares estão os ativos problemáticos do Banco Master e o ritmo acelerado das negociações. Um deputado citou estimativas de R$ 23 bilhões em ativos deteriorados que ficariam de fora do negócio, enquanto outro questionou taxas mais altas em operações anteriores entre os bancos. A falta de detalhes sobre a estrutura da aquisição — como o fato de o BRB adquirir apenas 58,6% das ações sem controle majoritário — também gerou desconfiança.
A necessidade de aprovação legislativa para a operação ainda depende de um parecer jurídico, segundo o presidente da Câmara Legislativa. Enquanto isso, deputados defenderam uma nova rodada de esclarecimentos, reforçando a importância do BRB para o DF. “O BRB é de todos nós. Tudo o que diz respeito a ele é de interesse da população”, destacou uma parlamentar. A sabatina foi considerada importante, mas inconclusiva, com expectativa de continuidade em breve.