O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) em Honduras, nesta quarta-feira (09), onde criticou as tarifas arbitrárias impostas pelos EUA, sob o governo de Donald Trump, por desestabilizarem a economia global. Ele destacou que medidas como essas afetam diversos países, incluindo o Brasil, e mencionou as reações já em curso por parte de China e União Europeia, que aprovaram retaliações comerciais.
Durante o discurso, Lula enfatizou a necessidade de maior união entre as nações sul-americanas e caribenhas para evitar que a região se torne novamente uma zona de influência de superpotências. “O momento exige que deixemos nossas diferenças de lado”, afirmou, defendendo uma abordagem cooperativa para fortalecer a posição internacional do bloco. O presidente também ressaltou que o comércio do Brasil com a Celac já supera o volume negociado com os EUA.
A cúpula ocorreu em um contexto de tensões comerciais globais, com países buscando alternativas para reduzir impactos econômicos. Lula propôs que a inserção internacional do Brasil e da região seja baseada em ações estruturadas, não apenas defensivas, visando maior autonomia e desenvolvimento conjunto. O discurso reforçou a importância da Celac como espaço estratégico para enfrentar desafios comuns.