O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, solicitou ao governo do Equador as atas de todas as mesas de votação do segundo turno das eleições realizadas no domingo, após receber informações preocupantes de observadores colombianos. A candidata de oposição, Luisa González, que perdeu por uma margem de 11 pontos, não reconheceu o resultado e pediu uma recontagem de votos, alegando possíveis irregularidades. No entanto, missões de observação da União Europeia e da Organização dos Estados Americanos descartaram fraudes no processo.
Petro, que ainda não reconheceu oficialmente a vitória do presidente equatoriano Daniel Noboa, comparou a situação à controversa reeleição de Nicolás Maduro na Venezuela em 2023. Enquanto isso, as autoridades eleitorais do Equador afirmaram que o pleito foi transparente, e Noboa recebeu congratulações de diversos líderes, incluindo o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente americano Donald Trump.
Noboa, no poder desde novembro de 2023, terá um mandato estendido até 2029, com o desafio de combater a violência dos cartéis de narcotráfico e recuperar a economia do país. A fronteira entre Colômbia e Equador é palco de ações de grupos armados financiados pelo tráfico de cocaína, que utiliza portos equatorianos no Pacífico para exportar drogas aos Estados Unidos e Europa. A situação eleitoral e de segurança na região continua sob atenção internacional.