O presidente da Câmara dos Deputados respondeu às críticas recebidas durante um ato em São Paulo que pedia anistia para condenados por atos golpistas. Em evento na Associação Comercial de São Paulo, ele afirmou que o tema não pode ser a única pauta do país, destacando a necessidade de corrigir excessos nas penas e promover a pacificação, mas sem garantir prioridade à proposta. O parlamentar ressaltou que o Brasil enfrenta inúmeros desafios e que a anistia não deve aumentar as tensões entre os Poderes, prometendo conduzir o assunto com serenidade e ouvindo as lideranças da Casa.
O projeto de anistia, defendido por aliados do ex-presidente, ainda busca apoio no Congresso, mas avaliações de líderes do centrão indicam falta de respaldo popular suficiente para sua aprovação. Enquanto isso, o PL tenta pressionar deputados indecisos, ameaçando divulgar nomes e fotos daqueles que não assinam a proposta, numa tentativa de mobilizar eleitores. O presidente da Câmara, no entanto, defende que o tema seja discutido também com o Executivo e o STF, evitando medidas que possam agravar a crise institucional.
Apesar da mobilização de governadores e parlamentares em torno da causa, a anistia permanece como um assunto polarizado, com pouco apelo junto a eleitores moderados. O debate segue em aberto, com o líder da Câmara reforçando a necessidade de equilíbrio e priorização de outras demandas nacionais, em vez de focar exclusivamente no perdão aos envolvidos em eventos passados.