Durante discurso no 100º Encontro Internacional da Indústria da Construção (Enic), em São Paulo, o presidente referiu-se à diretora-geral do FMI de forma pejorativa, chamando-a de “mulherzinha” ao relembrar um encontro em 2023. Ele contestou a previsão de crescimento econômico para o Brasil na época, que era de 0,8%, destacando que o país encerrou o ano com um crescimento de 3,2%. O presidente também criticou analistas econômicos, chamando-os de “professores de Deus” e questionando a credibilidade de suas avaliações.
Além disso, o discurso trouxe à tona uma série de declarações polêmicas feitas ao longo do mandato, incluindo comentários sobre gênero, raça e violência doméstica. Em ocasiões anteriores, o presidente havia associado características físicas a habilidades profissionais, feito observações sobre afrodescendentes e até sugerido que uma mulher interrompesse a gravidez. Essas falas geraram debates sobre preconceito e machismo, levantando críticas de setores da sociedade.
O evento destacou não apenas as discordâncias do presidente com instituições financeiras internacionais, mas também reacendeu discussões sobre a linguagem utilizada por autoridades públicas. Enquanto alguns defendem a postura crítica em relação a previsões econômicas, outros apontam que certas expressões podem reforçar estereótipos e desviar o foco de políticas públicas necessárias. A repercussão das declarações continua a dividir opiniões.