O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou preocupação com as medidas unilaterais dos Estados Unidos em relação às tarifas sobre produtos chineses, classificando o conflito como uma “briga pessoal”. Durante a cúpula da Celac em Tegucigalpa, ele destacou os possíveis efeitos devastadores na economia global, inclusive na norte-americana, e reforçou a importância do multilateralismo. Lula também mencionou que o ministro das Relações Exteriores do Brasil já entrou em contato com a equipe de negociação norte-americana para discutir o tema.
O presidente republicano dos EUA elevou para 125% as tarifas sobre importações chinesas após retaliação do país asiático, mantendo ainda 10% sobre produtos brasileiros e de outras nações por 90 dias para negociações. Lula criticou a abordagem individualista, afirmando que ela mina o sistema multilateral e reforça hegemonias inaceitáveis em diversas áreas, como economia, tecnologia e cultura. Ele enfatizou que o Brasil não aceitará decisões unilaterais sem resposta.
O governo brasileiro sinalizou que adotará medidas de reciprocidade caso seja afetado pelas tarifas, podendo recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para resolver disputas. Lula reforçou a necessidade de preservar a soberania e a dignidade do país, defendendo uma postura firme diante de ações que possam prejudicar a economia nacional. A posição do Brasil reflete uma preocupação mais ampla com o equilíbrio nas relações internacionais.