O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente o erro no visto americano de uma deputada brasileira, que foi emitido com a identificação de gênero incorreta. Durante uma cerimônia no Palácio do Planalto para sancionar projetos sobre direitos das mulheres, ele classificou o episódio como “abominável” e afirmou que a identidade de gênero deve ser definida pela ciência, e não por decisões políticas. Lula também mencionou que o Ministério das Relações Exteriores deve se manifestar oficialmente sobre o caso, que considerou uma ingerência dos EUA em documentos oficiais de uma parlamentar brasileira.
A deputada em questão relatou que seu visto para os Estados Unidos foi emitido com o gênero masculino, mesmo ela sendo uma mulher trans. Ela descreveu o ocorrido como um ato de transfobia e anunciou que levará o caso às Nações Unidas. Outra parlamentar também afirmou ter passado por situação semelhante. Ambas cancelaram suas viagens aos EUA, onde participariam de um evento organizado por universidades brasileiras.
A embaixada dos EUA respondeu ao caso afirmando que sua política de identificação de gênero segue uma ordem executiva que reconhece apenas dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento. O episódio gerou debates sobre direitos humanos e soberania nacional, com críticas à postura do governo americano. As informações foram divulgadas pela assessoria de imprensa da embaixada e repercutiram na mídia brasileira.