O presidente dos Estados Unidos tem aumentado sua agenda de viagens após passar grande parte dos primeiros 100 dias de seu segundo mandato recluso na Casa Branca ou em suas propriedades privadas. Com índices de aprovação em queda—apenas 39% dos americanos aprovam seu desempenho, segundo pesquisa—, ele agora busca promover suas políticas econômicas e reformas tributárias diretamente junto ao eleitorado. Sua primeira viagem internacional neste mandato foi para o funeral do Papa Francisco, mas a relutância em sair de sua zona de conforto tem levantado questionamentos sobre seu engajamento com o público.
A estratégia contrasta com a de administrações anteriores, como a de Barack Obama, que viajou extensivamente no início de seu mandato para promover políticas durante a crise financeira de 2008. Enquanto isso, o atual presidente tem preferido eventos fechados em seus clubes particulares, com poucas aparições públicas. Aliados argumentam que ele consegue transmitir sua mensagem sem sair de Washington, graças à sua presença na mídia, mas críticos apontam que a falta de contato direto com eleitores pode prejudicar sua imagem.
A visita ao Condado de Macomb, em Michigan, marca uma tentativa de reconectar com trabalhadores que supostamente se beneficiam de suas políticas tarifárias. No entanto, a confiança do consumidor em estados-chave como Pensilvânia e Ohio vem caindo, o que aumenta a pressão por resultados concretos. Enquanto alguns assessores defendem que ele ganha energia em comícios, outros acreditam que a Casa Branca ainda é o palco mais eficaz para sua comunicação.