O presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem executiva que autoriza a exploração de minerais no fundo do oceano, inclusive em águas internacionais, desafiando a Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (AIFM), órgão ligado à ONU. A medida visa acelerar a revisão de licenças para extração de recursos minerais, com estimativas de bilhões de toneladas obtidas em uma década. Ambientalistas alertam para os riscos à vida marinha, enquanto o governo argumenta que a iniciativa pode gerar empregos e impulsionar a economia.
A exploração focará em nódulos polimetálicos, ricos em metais como manganês, níquel e cobalto, além de terras raras usadas em tecnologias renováveis. Empresas como a canadense The Metals Company já manifestaram interesse em operar sob autorização americana, contornando a AIFM. Críticos, como o Centro para a Diversidade Biológica, afirmam que a medida ameaça ecossistemas frágeis e pouco estudados.
A decisão pode influenciar outros países a seguirem o mesmo caminho, ampliando a pressão sobre os oceanos. Enquanto nações como Japão e Ilhas Cook já concederam licenças em suas zonas econômicas exclusivas, os EUA buscam liderar a corrida por recursos marinhos, citando a competição com a China como motivação. O debate equilibra benefícios econômicos contra potenciais danos ambientais de escala global.