O primeiro-ministro da China, Li Qiang, exortou os exportadores do país a diversificarem seus mercados para enfrentar as mudanças no cenário externo, destacando a necessidade de estabilizar o comércio exterior diante das crescentes tensões comerciais. Em discurso em Pequim, Li prometeu ampliar o apoio ao consumo interno e incentivar a integração entre mercados doméstico e externo, sem mencionar diretamente os Estados Unidos ou as recentes tarifas impostas pelo governo norte-americano. Ele enfatizou a importância de inovar canais de comércio e buscar novos mercados para reduzir a dependência de economias específicas.
O contexto atual é marcado por uma escalada nas tarifas comerciais entre China e EUA, com Pequim elevando suas taxas em resposta às medidas adotadas por Washington. Embora as exportações chinesas tenham registrado crescimento em março, impulsionadas por remessas antecipadas antes da entrada em vigor das novas tarifas, a guerra comercial ameaça afetar as perspectivas econômicas do país. Li destacou a necessidade de responder com calma aos desafios externos, reforçando a demanda doméstica como estratégia complementar.
Além do comércio, o premiê chinês mencionou medidas para impulsionar o consumo interno, como a estabilização do emprego, o aumento da renda e o fortalecimento da rede de proteção social. Ele também apontou o potencial do mercado imobiliário, sugerindo esforços para liberar sua capacidade e contribuir para o crescimento econômico. As declarações refletem uma estratégia ampla para mitigar os impactos das tensões globais, equilibrando estímulos internos com a busca por novos parceiros comerciais.