A Prefeitura de São Paulo está cobrando uma dívida de aproximadamente R$ 730 mil da Cortel SP, empresa responsável pela administração de cemitérios municipais. O valor refere-se à outorga do 4º trimestre de 2024. A empresa alega que busca revisão contratual com a SP Regula, agência municipal que supervisiona concessões, citando desajustes e falta de reajustes que comprometeram a sustentabilidade do contrato.
A Cortel SP reportou faturamento de R$ 19,6 milhões no último trimestre analisado, mas enfrenta desafios financeiros, incluindo 95 autos de infração por descumprimentos contratuais e uma multa de R$ 48,3 mil aplicada em fevereiro. As críticas à concessão incluem denúncias de cobranças abusivas e má qualidade nos serviços. Em novembro de 2024, o STF determinou que o município restabelecesse os valores cobrados antes da privatização, estabelecendo um teto máximo para serviços funerários.
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Município (TCM) encontrou ossos humanos e resíduos contaminados em cemitérios administrados pela empresa, que afirmou estar comprometida em resolver as questões apontadas. O caso reflete os desafios na gestão de serviços públicos terceirizados e a necessidade de maior fiscalização.