O prefeito do Rio de Janeiro criticou a proposta de ampliar a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, afirmando que, embora a medida seja justa para reduzir a desigualdade tributária, os custos recairão sobre os municípios. Ele destacou que governadores e prefeitos estão preocupados com a queda na arrecadação do IRRF, especialmente em um contexto em que os entes locais já arcaram com os impactos de benefícios fiscais anteriores, como a redução de tributos sobre combustíveis em 2022.
O prefeito ressaltou que a união e a força política dos gestores municipais podem ajudar a minimizar os efeitos negativos da medida. No entanto, ele avaliou que a recente reforma tributária representou um retrocesso ao reduzir a autonomia dos municípios e concentrar mais poder e recursos na União, especialmente com a criação de contribuições que não são compartilhadas com estados e municípios.
Além disso, ele apontou que o país vive uma crise institucional, com desafios crescentes para os governos locais. A falta de representatividade e a centralização de decisões tributárias, segundo ele, agravam as dificuldades enfrentadas pelos municípios, que precisam de maior liderança e coordenação para superar esses obstáculos. A declaração foi feita durante sua posse como presidente da Frente Nacional de Prefeitos, reforçando a necessidade de diálogo entre os entes federativos.