A pré-candidatura do governador de Goiás à presidência pelo União Brasil foi lançada em Salvador, gerando desconfiança no meio político devido à sua antecipação e ao expor divisões internas no partido. Seus aliados acreditam que ele tem chances reais caso o governador de São Paulo não entre na disputa, um cenário que poderia ser influenciado por decisões do principal líder da direita no país. A estratégia de Caiado depende, em grande parte, da não participação do paulista, que tem evitado declarar interesse no Planalto para não desgastar sua imagem precocemente.
O cenário eleitoral ainda é incerto, especialmente porque o ex-presidente, atualmente inelegível, pode repetir uma tática usada em 2018: registrar uma candidatura simbólica e depois indicar um substituto. Caso isso ocorra e o nome escolhido não seja o governador de São Paulo, o caminho para Caiado se fortalecer seria aberto. No entanto, pesquisas recentes mostram que o atual presidente mantém vantagem em possíveis cenários de segundo turno, indicando que sua popularidade pessoal permanece alta, mesmo com a desaprovação de seu governo.
Enquanto isso, Caiado busca se destacar com pautas como segurança pública, área em que tem bons resultados em Goiás. Seu sucesso dependerá da fragmentação da direita e da eventual ausência de concorrentes mais fortes. Lideranças do União Brasil avaliam que, sem a presença do governador paulista na disputa, ele pode se tornar uma opção viável, mas ressaltam que o apoio do principal líder da direita ainda será decisivo para definir o rumo das eleições.