Pragas como lagartas, percevejos e ervas daninhas, especialmente a vassourinha-de-botão, têm prejudicado a qualidade das pastagens em Roraima, afetando a alimentação do gado e a produtividade pecuária. Produtores rurais, como um pecuarista da região da Confiança III, têm investido em correção do solo, adubação e controle químico para combater as invasoras, mas enfrentam desafios devido ao rápido avanço dessas pragas. Em 2024, uma infestação de lagartas destruiu mais de 57 mil hectares de pasto, resultando na morte de cerca de 7 mil cabeças de gado em dez municípios.
Especialistas destacam a importância de diversificar as variedades de pastagem e associar métodos químicos e biológicos para um controle mais eficaz. O agrônomo Francisco Júnior, que acompanha propriedades na região, explica que a prevenção e o manejo adequado do solo são essenciais para evitar perdas. Apesar das dificuldades, os produtores mantêm otimismo, apostando em investimentos contínuos e na chegada das chuvas para melhorar o cenário em 2025.
O texto também ressalta que o modelo de criação a pasto, sem confinamento, torna a qualidade do capim ainda mais crítica para a sustentação dos rebanhos. Com a adoção de estratégias de recuperação e o uso de tecnologias disponíveis no mercado, os pecuaristas buscam garantir lucratividade e reduzir os impactos das pragas. A situação em Roraima serve como alerta para a necessidade de planejamento e manejo sustentável nas áreas de pastagem.