A Prada anunciou nesta quinta-feira (10) a compra da Versace por € 1,25 bilhão (R$ 8,1 bilhões) da Capri Holdings, dona também de marcas como Michael Kors e Jimmy Choo. A transação, a maior do setor de luxo em 2025 até agora, encerra a tentativa da Capri de formar um conglomerado nos moldes da LVMH e Kering. Com a aquisição, a Versace passa a integrar o portfólio da Prada Group, que inclui marcas como Prada, Miu Miu e Church’s, além de ativos como a equipe de vela Luna Rossa.
A operação será financiada por dívida, com a Prada levantando mais de € 1 bilhão. O negócio, aprovado pelos conselhos de ambas as empresas, deve ser concluído no segundo semestre, sujeito à aprovação regulatória. A Versace, que enfrenta queda nas receitas—projetadas em US$ 810 milhões em 2025, ante US$ 1 bilhão no ano anterior—já era vista como alvo potencial de aquisição após o bloqueio da venda da Capri para o grupo Tapestry pelos reguladores dos EUA.
O movimento reforça a valorização do “Made in Italy” e marca uma nova tentativa da Prada de expandir seu portfólio, após experiências mal-sucedidas nos anos 2000. Em 2024, o grupo registrou receita de € 5,4 bilhões, com crescimento de 17%, impulsionado principalmente pela Miu Miu. Analistas destacam que, apesar dos desafios, a aquisição pode consolidar a Prada como uma das líderes globais do mercado de luxo.