O governo dos Estados Unidos confirmou a aplicação de novas tarifas comerciais sem exceções, afetando mais de 180 países, com alíquotas entre 10% e 50%. O principal alvo é a China, que enfrenta taxas adicionais de 34%, somadas a uma já existente de 20%. Setores como aço, alumínio e automóveis foram especialmente impactados. O Brasil recebeu a alíquota mínima de 10%, enquanto México e Canadá obtiveram isenções parciais para produtos cobertos pelo acordo USMCA. A medida visa corrigir supostos desequilíbrios nas relações comerciais, segundo declarações oficiais.
A escalada tarifária provocou reações imediatas nos mercados financeiros, com quedas significativas no Ibovespa e nas bolsas norte-americanas, além da valorização do dólar. Em resposta, a China elevou suas tarifas sobre produtos dos Estados Unidos para até 125%, e o Brasil aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica, autorizando retaliações. A União Europeia sinalizou possíveis contramedidas, enquanto a OMC alertou para o risco de retração no comércio global em 2025.
O cenário permanece instável, com tentativas de negociações bilaterais para evitar um conflito comercial mais amplo. Analistas comparam as medidas às tarifas Smoot-Hawley de 1930, que precederam a Grande Depressão. Apesar da pausa de 90 dias anunciada para alguns países, a tensão persiste, com incertezas sobre os próximos passos e seus impactos na economia global.