Autoridades brasileiras estão intensificando ações para combater crimes virtuais contra crianças e adolescentes, com foco em plataformas como o Discord. Entre as violações mais frequentes estão chantagem com fotos íntimas, indução à automutilação, estupro virtual e incitação ao suicídio. Policiais civis e promotores atuam infiltrados em comunidades online, monitorando grupos criminosos e intervindo em tempo real para proteger vítimas. Desde novembro de 2024, um núcleo especializado já salvou 92 vítimas, incluindo casos de suicídio e abuso sexual virtual.
Text: O Discord, plataforma onde muitos desses crimes ocorrem, tem sido alvo de investigações devido à demora em remover conteúdos criminosos e à falta de cooperação imediata com as autoridades. Embora a empresa afirme contar com equipes dedicadas a combater grupos ilegais, especialistas apontam que a atuação ainda é limitada ao “pós-fato”. Denúncias contra a plataforma aumentaram 272% no primeiro trimestre deste ano, pressionando por maior responsabilização.
Text: Especialistas destacam que a radicalização de jovens na internet está ligada a fatores como excesso de exposição às telas, problemas familiares e bullying. Iniciativas do Ministério Público e orientações para pais — como diálogo frequente e limites no uso de dispositivos — buscam prevenir violências. Enquanto o Brasil aguarda uma regulamentação mais rígida para redes sociais, o trabalho de proteção recai sobre famílias e autoridades, com casos de resgate e acolhimento mostrando a urgência do tema.
