A polícia de Harbin, no nordeste da China, emitiu um comunicado nesta terça-feira (15.abr.2025) oferecendo recompensa por informações que levem à localização de três indivíduos investigados por ataques cibernéticos contra infraestruturas e empresas chinesas, incluindo a gigante de telecomunicações Huawei. Segundo as autoridades, os alvos fazem parte de um grupo vinculado a uma agência de segurança norte-americana e são acusados de ataques durante os Jogos Asiáticos de Inverno, realizados em fevereiro na cidade, além de um incidente contra uma universidade de aviação em 2022. O valor da recompensa não foi especificado.
O anúncio ocorre em meio ao aumento das tensões comerciais entre China e Estados Unidos, marcado por uma série de tarifas impostas por ambos os lados. Desde fevereiro, as taxas sobre produtos chineses nos EUA subiram para 145%, enquanto a China retaliou com medidas semelhantes. As mudanças frequentes na política tarifária norte-americana têm gerado incertezas no mercado, afetando inclusive a Bolsa de Xangai, que acumula queda de 3,39% desde janeiro.
Embora o comunicado chinês não detalhe as provas contra os investigados, a menção a uma agência de segurança dos EUA sugere um possível contexto geopolítico por trás dos ataques. Enquanto isso, as relações comerciais entre os dois países seguem em um ciclo de retaliações, com isenções recentes para produtos como telefones e chips, indicando tentativas de minimizar impactos em setores estratégicos.