Nos primeiros 100 dias, o governo registra um índice de aprovação de 42%, refletindo uma profunda divisão na sociedade: enquanto 86% dos republicanos apoiam a gestão, 89% dos democratas desaprovam. A polarização é impulsionada por medidas que agradam principalmente conservadores, como políticas migratórias mais rígidas, que reduziram drasticamente as entradas ilegais no país, e uma abordagem pragmática na política externa, buscando encerrar conflitos como o entre Rússia e Ucrânia. Além disso, há críticas ao chamado “deep state”, com cortes de recursos a agências acusadas de promover agendas ideológicas no exterior.
No entanto, uma guerra tarifária global surge como um dos maiores riscos à popularidade do governo. O aumento de impostos sobre importações pode não repatriar indústrias, mas certamente pressionará os preços internos, gerando inflação. Historicamente, crises econômicas afetam a aprovação de governos, independentemente de ideologias, como destacado pela famosa frase da campanha de Bill Clinton: “é a economia, estúpido”.
O balanço desse período revela acertos em áreas prioritárias para a base eleitoral, mas também expõe vulnerabilidades econômicas que podem definir o futuro político. A polarização e os desafios econômicos ilustram os dilemas de uma gestão que busca cumprir promessas de campanha sem alienar o eleitorado mais amplo.