A percepção sobre o poker no Brasil tem se transformado, deixando de ser visto apenas como um jogo de azar para ser reconhecido como uma atividade competitiva que exige estratégia e habilidade mental. A crescente realização de torneios e o surgimento de jogadores profissionais destacados têm reforçado a ideia de que o poker envolve táticas complexas, como a leitura de adversários e o gerenciamento de riscos. Em 2012, a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) conseguiu que o Ministério do Esporte classificasse o poker como um esporte da mente, destacando suas demandas cognitivas.
Além do aspecto competitivo, especialistas defendem que o poker pode ser uma ferramenta para o desenvolvimento de habilidades como disciplina, controle emocional e pensamento crítico. Alguns até sugerem sua aplicação em contextos educacionais, como forma de ensinar gestão de risco. No entanto, apesar dos avanços, o estigma de jogo de azar ainda persiste, muitas vezes associado a desinformação e legislações ultrapassadas.
O crescimento do poker no país também levanta discussões sobre a importância do jogo responsável, já que a emoção e a adrenalina podem levar a comportamentos problemáticos para alguns indivíduos. Embora o cenário esteja mudando, o desafio permanece em equilibrar a valorização do poker como esporte mental com a conscientização sobre seus riscos, garantindo que sua expansão seja feita de forma ética e segura.