A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou que a Petrobras não cumpriu integralmente a determinação de desocupar uma plataforma no campo de Cherne, na Bacia de Campos, após um incêndio ocorrido na última segunda-feira. A ANP destacou que a medida era necessária para evitar novos acidentes, já que a estrutura sofreu danos significativos com a explosão e o fogo. A petroleira, no entanto, manteve parte da equipe no local, alegando riscos operacionais, como a falta de iluminação de emergência, caso a plataforma fosse totalmente esvaziada.
A ANP concedeu prazos para a desocupação, mas a Petrobras não os cumpriu, argumentando que a presença de pessoal era essencial para atividades de emergência e manutenção. A agência, porém, questionou a integridade de sistemas críticos de segurança e a comunicação efetiva com o exterior. Enquanto isso, o número de feridos subiu para 17, sendo três em estado grave. A plataforma, que não produz petróleo desde 2020, ainda operava com gás natural de outra unidade para geração de energia.
A Petrobras informou que mantinha condições de segurança na plataforma, incluindo sistemas de detecção de incêndio e combate a chamas, além de assistência aos feridos. A empresa também destacou que uma comissão de investigação já havia embarcado para apurar as causas do vazamento que levou à explosão. A ANP, por sua vez, aguarda uma resposta mais detalhada da petroleira antes de decidir sobre possíveis sanções.