O Departamento de Estado dos Estados Unidos está considerando uma redução drástica em seu orçamento, com cortes de quase 50% que afetariam programas diplomáticos, embaixadas e organizações internacionais. Propostas incluídas em um documento interno sugerem a eliminação de financiamento para instituições como a ONU e a Otan, além de reduções em iniciativas de manutenção da paz e programas culturais, como o Fulbright. O plano surge em meio a pressões do governo para diminuir gastos e redefinir o papel global do país.
O memorando, datado de 10 de abril, prevê um orçamento de US$ 28,4 bilhões para o ano fiscal de 2026, uma queda significativa em relação a 2025. A implementação desses cortes depende da aprovação do Congresso, onde republicanos e democratas terão de negociar. Especialistas e ex-diplomatas já criticaram as medidas, classificando-as como arriscadas e potencialmente benéficas para rivais globais, como a China.
Ainda não há confirmação sobre o apoio do secretário de Estado ao plano, mas sua aprovação seria necessária antes de qualquer votação no Congresso. O Departamento de Estado não respondeu a solicitações de comentários. As propostas devem dominar as discussões orçamentárias nos próximos meses, enquanto analistas alertam para os possíveis impactos na influência internacional dos EUA.