Apenas dois dos 92 deputados do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, não assinaram o requerimento que acelera a tramitação do projeto de lei sobre anistia aos presos do 8 de Janeiro. Os únicos a não endossar a medida foram Antônio Carlos Rodrigues (SP), conhecido por sua proximidade com um ministro do STF, e Robinson Faria (RN), cujo filho foi ministro no governo anterior e mantém relações com membros da Corte. Ambos não se manifestaram sobre os detalhes da proposta ou se o benefício deveria incluir o ex-presidente.
O PL protocolou o pedido de urgência para a proposta, que permitiria sua votação direta no plenário, sem passar por comissões. O partido afirmou ter coletado 264 assinaturas, mas duas foram rejeitadas pela Câmara. Mesmo deputados alinhados ao governo, como alguns do Maranhão, apoiaram a aceleração do processo, indicando um amplo apoio à medida entre a bancada.
Apesar da coesão no PL, as posições individuais de Rodrigues e Faria chamam atenção por suas conexões com figuras do Judiciário. Enquanto o primeiro já elogiou publicamente um ministro do STF, o segundo evitou detalhar seu voto, deixando em aberto se defende a anistia ampla ou restrita. A reportagem tentou contato com os parlamentares, mas não obteve resposta até a publicação.